Certa vez, lendo um livro do
Max Lucado, uma história me chamou bastante atenção. Ela dizia mais ou menos o
seguinte:
Um rapaz, chamado Teed, jovem oficial da marinha
americana estava escondido em uma selva a cerca de três anos quando a ilha em
que se encontrava foi ocupada pelos japoneses em 1941. A sobrevivência no local
não era fácil! Certo dia ele avistou um navio americano, correu para o alto de
uma montanha e retirou da bolsa um espelho!
Essa poderia ser a única chance dele escapar, então
inclinando o espelho para cima e para baixo ele começou a enviar sinais: Três
flashes curtos. Três longos. Três curtos novamente. Traço-traço-traço,
ponto-ponto-ponto, traço-traço-traço (S.O.S). O sinal chamou a atenção do marinheiro
que estava a bordo, o qual enviou um grupo de salvamento que passando pela
artilharia, salvou Teed.
Ele estava muito feliz por ter aquele espelho, feliz por
saber usá-lo, feliz por ele ter cooperado!
Agora se prepare para um pensamento louco. Suponha que o
espelho não tivesse cooperado. Que ele resistisse, funcionasse como bem
entendesse. Em vez de refletir uma mensagem de ajuda ele refletisse uma
mensagem própria, um OPM (“Olhe pra mim”). Um espelho egoísta, afinal de contas
após três anos de isolamento ele “queria atenção”.
Ou quem sabe fosse um espelho inseguro: “E se eu estragar tudo? Se eu mandar um traço
quando tiver que mandar um ponto? Olha as manchas que tem em minha superfície!”.
Com a autopiedade: “Depois
de três anos aqui nesse bolso você quer que de repente eu olhe para o sol e
faça um serviço crucial. De jeito nenhum. Vou ficar no bolso”.
O espelho do Teed não tinha vontade própria, mas e nós? Nós
temos! E então como estamos nos comportando? Será que estamos refletindo a
glória de Deus? Será que queremos que Ele cresça enquanto diminuímos? Estamos
dando toda a glória a Ele refletindo Sua mensagem ou estamos refletindo uma
mensagem própria? Estamos contemplando Deus a ponto de refleti-Lo como fez
Moisés?
“O ministério que
trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas esse ministério veio com
tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés por
causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente. Não será o ministério
do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era glorioso o ministério que trouxe
condenação, quanto mais glorioso será o ministério que produz justiça!”
2 Coríntios 3:7-9
O ministério da graça é
ainda muito mais glorioso! Ele traz amor e compaixão para o coração aflito e
necessitado. Traz consolo e abrigo nos braços do Pai. Nos enche de gozo, paz e
satisfação proporcionando um relacionamento com o criador de todas as coisas, O qual é o
próprio Amor (1 Jo 4:8b)! É fantástico! Vai muito além do que podemos imaginar ou
expressar em palavras.
Devemos parar e pensar sobre
esta tão graciosa graça (merece a redundância)! Que possamos adorar a Deus de
tal forma que sejamos missionários tão somente por estarmos cheios da graça
dEle, a ponto de transbordá-la para o mundo. Que sejamos meio de bênçãos para
nosso próximo, refletindo a gloriosa vida de Cristo em nós; propagando com
palavras e atitudes esta mensagem de tão grande Graça, a mensagem da cruz!
“Mas todos nós, com rosto
descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados
de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
2 Coríntios 3:18
***
Texto de Rhadamés Moura, membro da UMP.
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