segunda-feira, 19 de agosto de 2013

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O QUE TEMOS REFLETIDO?


Certa vez, lendo um livro do Max Lucado, uma história me chamou bastante atenção. Ela dizia mais ou menos o seguinte:

Um rapaz, chamado Teed, jovem oficial da marinha americana estava escondido em uma selva a cerca de três anos quando a ilha em que se encontrava foi ocupada pelos japoneses em 1941. A sobrevivência no local não era fácil! Certo dia ele avistou um navio americano, correu para o alto de uma montanha e retirou da bolsa um espelho!

Essa poderia ser a única chance dele escapar, então inclinando o espelho para cima e para baixo ele começou a enviar sinais: Três flashes curtos. Três longos. Três curtos novamente. Traço-traço-traço, ponto-ponto-ponto, traço-traço-traço (S.O.S). O sinal chamou a atenção do marinheiro que estava a bordo, o qual enviou um grupo de salvamento que passando pela artilharia, salvou Teed.

Ele estava muito feliz por ter aquele espelho, feliz por saber usá-lo, feliz por ele ter cooperado!

Agora se prepare para um pensamento louco. Suponha que o espelho não tivesse cooperado. Que ele resistisse, funcionasse como bem entendesse. Em vez de refletir uma mensagem de ajuda ele refletisse uma mensagem própria, um OPM (“Olhe pra mim”). Um espelho egoísta, afinal de contas após três anos de isolamento ele “queria atenção”.

Ou quem sabe fosse um espelho inseguro: “E se eu estragar tudo? Se eu mandar um traço quando tiver que mandar um ponto? Olha as manchas que tem em minha superfície!”.

Com a autopiedade: “Depois de três anos aqui nesse bolso você quer que de repente eu olhe para o sol e faça um serviço crucial. De jeito nenhum. Vou ficar no bolso”.

O espelho do Teed não tinha vontade própria, mas e nós? Nós temos! E então como estamos nos comportando? Será que estamos refletindo a glória de Deus? Será que queremos que Ele cresça enquanto diminuímos? Estamos dando toda a glória a Ele refletindo Sua mensagem ou estamos refletindo uma mensagem própria? Estamos contemplando Deus a ponto de refleti-Lo como fez Moisés?

            “O ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés por causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente. Não será o ministério do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era glorioso o ministério que trouxe condenação, quanto mais glorioso será o ministério que produz justiça!”
2 Coríntios 3:7-9

O ministério da graça é ainda muito mais glorioso! Ele traz amor e compaixão para o coração aflito e necessitado. Traz consolo e abrigo nos braços do Pai. Nos enche de gozo, paz e satisfação proporcionando um relacionamento  com o criador de todas as coisas, O qual é o próprio Amor (1 Jo 4:8b)! É fantástico! Vai muito além do que podemos imaginar ou expressar em palavras.

Devemos parar e pensar sobre esta tão graciosa graça (merece a redundância)! Que possamos adorar a Deus de tal forma que sejamos missionários tão somente por estarmos cheios da graça dEle, a ponto de transbordá-la para o mundo. Que sejamos meio de bênçãos para nosso próximo, refletindo a gloriosa vida de Cristo em nós; propagando com palavras e atitudes esta mensagem de tão grande Graça, a mensagem da cruz!

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
2 Coríntios 3:18
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Texto de Rhadamés Moura, membro da UMP.

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