"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". (Romanos 5:8)
É
comum em nossos dias notícias e mais noticias, de fatos horrendos, de atos
grotescos. E coisas desse tipo geram em nós um sentimento, uma reação. Em
alguns revolta em outros incredulidade. “Não acredito nisso, eu não acho que
ele seria capaz, onde vamos parar?”. Esses pensamentos permeiam nossa mente, a
ponto, de em alguns casos, nos deixar mal. Como a investigação dos PMs mortos
em SP, em que se suspeita do filho do casal. A nossa mente não consegue
assimilar, não queremos acreditar que isso poderia ter acontecido. Não se
chegou ao fim das investigações, porém este caso mexeu com o Brasil.
Relutamos
em acreditar que uma criança seria capaz disso. Queremos ver que na humanidade
ainda resta em certas pessoas o “bem”, que nascemos puros e que o mundo nos
macula com o pecado. Seria até legal pensar assim, uma ideia que nos tira
responsabilidade. Porém isso não é verdade, é uma visão destorcida que vai de
encontro à palavra: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim,
desde que me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5 - NVI). Todos pecamos,
todos somos maus, somos farinha do mesmo saco! Criamos degraus e colocamos
pessoas neles, vemos isso o tempo todo. Um assassino é tratado como alguém
desprezível, alguém que não merece ser ajudado, que tem que passar a vida
preso. E vemos ladrões e mentirosos em uma condição ruim, mas não tanto quanto
o assassino. Isso me leva dizer algo que pode lhe chocar: Adolf Hitler não é em
nada diferente de Madre Tereza aos alhos de Deus, em nada! Ambos são pecadores
e carentes de sua obra redentora, ambos feriram a santidade de Deus com seus
erros. Aí querido leitor você pode indagar; “Como assim? Madre Tereza era alguém que tinha boas obras sociais, vivia
uma vida abnegada em amor aos pobres. Como você pode colocá-la no mesmo patamar
do Funhrer?” Simples, perante o Criador “Todos os nossos atos de justiça
são como trapo imundo.” (Isaías 64:6 – NVI). Até nossa justiça é
desprezível para Deus, se sabemos o que é justiça e ser justo.
- E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
- Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
- Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
- Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
- Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
- E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
- Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Efésios 2:1-7
No
texto de Paulo aos Efésios ele fala de um quadro desolador, O HOMEM ESTAVA
MORTO NOS SEUS PECADOS! Mortos não falam, não andam, não se mechem, nada
desejam. Afinal, ele esta morto! Assim, não havia condição alguma de buscarmos
ao Senhor, de querer sua vontade “a mentalidade da carne é inimiga de Deus
porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo.” (Romanos 8:7 –
NVI). Vivíamos como esse mundo vive, andávamos no sistema, fazíamos parte dele.
Não havia em nós nada de diferente dos demais, Deus não olhou pra mim e disse:
“Oh, Isaque é alguém caridoso, ele dá esmola, respeita as leis, é um bom pai,
um bom filho, nunca traiu a mulher. Quero-o no meu Céu, ele merece”. Não,
terminantemente não! Somos miseráveis pecadores, merecíamos a eternidade
distante da presença desse Justo Juiz, a sua ira seria mais que justa. “... éramos
por natureza filhos da ira, como os outros também.” (Ef 2:3 – NVI). Precisávamos
que Ele tomasse a inciativa, que ele nos buscasse indo ao nosso encontro como
foi no Jardim. Carecíamos de um Salvador.
Depois
de expor a primeira parte do quadro com nossa miserabilidade Paulo usa uma
conjunção adversativa, que exprime uma ideia contraria a tudo que foi dito
antes. É nessa hora que entra o “Mas”, e essa conjunção faz brilhar uma luz
naquelas cores negras e frias, cria se um lindo contraste colorindo a obra, a
obra da nossa redenção. Esse é o “mas” de Deus.
“Mas
Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou. Estando
nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça
sois salvos).”
(Ef
2:4,5 – NVI)
Aleluia! Mesmo com nossos
erros e ofensas, mesmo com nossos muitos pecados. Estando mortos, ele nos vivificou
em Cristo. Isso apenas por sua graça, seu favor imerecido de nos dar a vida
eterna e por sua misericórdia, que não nos recompensou de acordo com nossas
ações. Com a ótica correta, conseguimos ver que não merecemos nada, que nossas
obras não compram bênçãos. A medida que o homem conhece ao Senhor através de
sua palavra, ele deve se sentir indigno diante do Deus Santo. Não há mérito em
nós, tudo é Graça, é sempre Ele estendendo sua mão.
Saber isso não nos deixa confortavelmente
deitados em uma rede descansando e aproveitando o momento. Esse conhecimento
nos imputa responsabilidades. Se antes éramos escravos do pecado, hoje
desfrutamos do privilegio de ser servos do Rei.
Se antes estávamos sobre o julgo de nossos desejos carnais, hoje
seguimos o desejo do Nosso Senhor. Saímos de um senhorio e entramos em outro,
continuamos sendo escravos! No termino da obra, da grande obra, tem um recado
deixado pelo Pintor, o proposito daquela tela é “Para mostrar nos séculos vindouros as
abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo
Jesus.” (Ef 2:7 – NVI). Mais uma vez nós não somos o foco, essa
pintura foi feita para a glória do Autor, para seu próprio deleite.
Que
ao olharmos pra esse lindo quadro possamos ver em cores frias e tristes nossas
misérias contrastando com os azuis e amarelos da graça do Senhor. Enxergar na
aquarela de cores do Criador os tons que regeram essa pintura. Reconhecer que o
autor é Soberano em sua obra cabendo a nós apenas render gloria. E sermos
gratos por termos sido alcançados por sua misericórdia.
***
Texto
de Isaque Pedro, só mais um pecador alcançado pela Irresistível Graça.
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